blood is my life
1 seres zurraram ALTO! Zurrado por Piotr O Sandinista / sábado, março 17, 2007 às 19:55.Antes de começar este post devo dizer há muito que estava para ser escrito, mas aparentemente vive em mim toda uma nova dimensão de preguiça que me impediu de o fazer. Assim, numa luta constante contra o dilentantismo e a cultura do inacabado, cá vai:
Vi toda a primeira temporada de Dexter em dois dias. Geralmente sou assim. Quando tenho acesso às temporadas completas lanço-me com unhas e dentes, na tentativa de dominar a série por completo, querendo saber sempre mais, mais e mais. Defeito ou feitio, não sei dizer. Talvez um pouco de ambos.
Os que me estão mais próximos sabem que tenho raros (raríssimos) contactos com livros, mas sinto-me confortável o suficiente para comparar o que sinto quando tenho em mãos uma série de qualidade superior ao que um leitor sente quando não consegue parar de ler uma obra superiormente escrita, tal é a forma como se deixou embrenhar pelo enredo, pelas personagens, no fundo, por um novo universo.
Foi assim com Sete Palmos de Terra, é assim com LOST, é assim com 24, foi assim com The Office (versão UK), é assim e sempre será com Os Sopranos, com Os Simpsons, com Friends, com Prison Break, com o House, com muitas e muitas outras.
Feliz ou infelizmente, com Dexter não se abriu nenhum precedente.
Os ecos extremamente positivos que chegaram do outro lado do Atlântico mantiveram-me em sentido, na expectativa de tirar as minhas próprias conclusões. Qual cão de Pavlov parti desde logo condicionado para o visionamento dos doze episódios. Desde logo a premissa, extremamente inovadora e desarmante, de um homem que é CSI de dia, serial killer à noite.
Seguramente se lembram do David de Sete Palmos de Terra, desempenhado por Michael C. Hall. Ora para aqueles que associam este actor ao papel de um homossexual moral e fisicamente frágil, aviso desde já que as vossas percepções irão dar uma volta de 180 graus, porque Michael C. Hall não nasceu para ser David, nasceu verdadeiramente para ser e dar vida a Dexter. Sociopata com laivos de vingador, raios me partam se Dexter não é das personagens mais brilhantemente criadas para uma série de TV.
Nascendo num canal de média dimensão nos Estados Unidos, o Showtime (de onde saiu também The L Word), Dexter ganhou o seu público de forma clara e por mérito próprio, apresentando argumentos que faltam a outras séries. Dexter tem voz-off, ao bom velho estilo dos filmes noir, transportando-nos para a mente de um assassino em série. Funciona e funciona bem.
Depois Dexter mostra a cidade de Miami. Mostra como CSI Miami quer mostrar mas não é capaz. Longe dos clichés mas perto da verdadeira Miami, da comunidade latina (não sei explicar, mas sabe bem ouvir uma língua minimamente familiar, já que o espanhol tem um grande destaque). Quem viu Miami Vice (a série) e quem jogou GTA Vice City, conhece as cores de Miami, a luz, as comunidades latinas, e Dexter capta esse sentimento, essa estética muito bem, afastando-se do turismo de CSI Miami.
O elenco secundário, apesar de desconhecido suporta muito bem a história, dando a Dexter o ritmo e o suspense sempre necessários nas grandes séries.
Tem sangue, muito sangue. Por vezes demasiado. O sangue é o néctar da vida, e neste caso o sangue é o motor da vida de Dexter, adquirindo a sua abundância ou a sua escassez significados muito relevantes na vida deste homem.
Espero pela segunda temporada tendo a consciência que a Portugal nem a primeira chegou, nem sei se alguma vez chegará (depois venham falar mal dos programas de partilha de ficheiros).
Afinal, queiramos ou não, o sangue também é a nossa vida...
Vi toda a primeira temporada de Dexter em dois dias. Geralmente sou assim. Quando tenho acesso às temporadas completas lanço-me com unhas e dentes, na tentativa de dominar a série por completo, querendo saber sempre mais, mais e mais. Defeito ou feitio, não sei dizer. Talvez um pouco de ambos.
Os que me estão mais próximos sabem que tenho raros (raríssimos) contactos com livros, mas sinto-me confortável o suficiente para comparar o que sinto quando tenho em mãos uma série de qualidade superior ao que um leitor sente quando não consegue parar de ler uma obra superiormente escrita, tal é a forma como se deixou embrenhar pelo enredo, pelas personagens, no fundo, por um novo universo.
Foi assim com Sete Palmos de Terra, é assim com LOST, é assim com 24, foi assim com The Office (versão UK), é assim e sempre será com Os Sopranos, com Os Simpsons, com Friends, com Prison Break, com o House, com muitas e muitas outras.
Feliz ou infelizmente, com Dexter não se abriu nenhum precedente.
Os ecos extremamente positivos que chegaram do outro lado do Atlântico mantiveram-me em sentido, na expectativa de tirar as minhas próprias conclusões. Qual cão de Pavlov parti desde logo condicionado para o visionamento dos doze episódios. Desde logo a premissa, extremamente inovadora e desarmante, de um homem que é CSI de dia, serial killer à noite.
Seguramente se lembram do David de Sete Palmos de Terra, desempenhado por Michael C. Hall. Ora para aqueles que associam este actor ao papel de um homossexual moral e fisicamente frágil, aviso desde já que as vossas percepções irão dar uma volta de 180 graus, porque Michael C. Hall não nasceu para ser David, nasceu verdadeiramente para ser e dar vida a Dexter. Sociopata com laivos de vingador, raios me partam se Dexter não é das personagens mais brilhantemente criadas para uma série de TV.
Nascendo num canal de média dimensão nos Estados Unidos, o Showtime (de onde saiu também The L Word), Dexter ganhou o seu público de forma clara e por mérito próprio, apresentando argumentos que faltam a outras séries. Dexter tem voz-off, ao bom velho estilo dos filmes noir, transportando-nos para a mente de um assassino em série. Funciona e funciona bem.
Depois Dexter mostra a cidade de Miami. Mostra como CSI Miami quer mostrar mas não é capaz. Longe dos clichés mas perto da verdadeira Miami, da comunidade latina (não sei explicar, mas sabe bem ouvir uma língua minimamente familiar, já que o espanhol tem um grande destaque). Quem viu Miami Vice (a série) e quem jogou GTA Vice City, conhece as cores de Miami, a luz, as comunidades latinas, e Dexter capta esse sentimento, essa estética muito bem, afastando-se do turismo de CSI Miami.
O elenco secundário, apesar de desconhecido suporta muito bem a história, dando a Dexter o ritmo e o suspense sempre necessários nas grandes séries.
Tem sangue, muito sangue. Por vezes demasiado. O sangue é o néctar da vida, e neste caso o sangue é o motor da vida de Dexter, adquirindo a sua abundância ou a sua escassez significados muito relevantes na vida deste homem.
Espero pela segunda temporada tendo a consciência que a Portugal nem a primeira chegou, nem sei se alguma vez chegará (depois venham falar mal dos programas de partilha de ficheiros).
Afinal, queiramos ou não, o sangue também é a nossa vida...
Eu estou no 3º episódio e estou a gostar q.b. Não me parece ser uma série que faça a diferença, mas é original e entretem o suficiente, apesar da falta de personagens secundárias mais fortes. Não quis ler a tua opinião, pois como ainda vou no princípio da série, ainda apanhava com algum spoiler :)
Cumprimentos!