the Louis Vuitton Don is Back!

Pois é, o senhor Kanye West está de volta. O novo álbum só é lançado lá para meados de Setembro, mas o primeiro single e o respectivo vídeo já andam pela bonita Internet.
Ora sucede que o Zurraria, como blog de extremo bom gosto (como se tem visto nos últimos posts) não desdenha de grandes sons.
Videoclip sem meninas semi-nuas nem carros potentes (esperem lá, afinal tem carros potentes e miúdas semi-nuas), a dar para o minimalista. Música mesmo à Kanye: sample de qualidade, bom beat, no fundo, tem o chamado flow. O videoclip é dirigido por Hype Williams, que já havia dado uma mãozinha em Gold Digger.
Já se sabe que o dom para rimar não é de topo, mas a qualidade de produção de um relógio suíço e o facto de ter criado duas pérolas como College Dropout e Late Registration dão a este tipo com gostos caros toda a margem de manobra necessária.
Assim, aqui fica o primeiro single de Graduation, "Can't Tell me Nothing".

PS: Temos também a honra de vos presentear com o download gratuito do primeiro single do novo álbum de Manu Chao, directamente do site do músico basco: Rainin in Paradize.

Greve Geral dos Trabalhadores

E hoje os trabalhadores portugueses puderam expressar a sua indignação para com as reformas da lei laboral que o governo tem implementado e engendra para o futuro.

Pelo que me apercebi ao longo do dia, a indignação é superada pela letargia social em que vivem os portugueses e pelo medo de perder o emprego que a tanto custo tentam manter, devido a pressões várias, vindas de todos os quadrantes que só podemos repudiar.
Embora não seja de esquerda, considero que o emprego não pode ser tão levianamente cessado como o governo pretende, mas também considero justo que sofram todos aqueles que do marasmo parecem não sair, esperando que tudo lhes caia do céu.
É o povo quem elege os seus governantes, e esses não governam o povo mas para o povo, e é com pesar que considero que cada vez mais isso deixou de acontecer.

Wolfmother no Paradise Garage

O atraso do post deve-se, em muito, à densidade de trabalho, - leia-se, trabalhos e testes de frequência - que a Academia generosamente nos oferece. Agradecemos o regalo, mas prosseguimos.

A passada quinta-feira fui, a convite do amigo Pedro Martins, ver os australianos Wolfmother ao Paradise Garage, banda que me foi apresentada ( a mim e a muitos, julgo) pelo Bruno, residente aqui do espaço. A desgosto seu, fui, conhecedor e apreciador de apenas 2 ou 3 músicas, ele - Bruno - de todas e a promessa feita de que poderia levar uns sopapos dados a força de cotovelo.
Em boa hora me deu a conhecer os Mãe Lobo, rapazes que impressionam pela sonoridade, sendo uma banda de apenas 3 elementos.
Bateria forte, vocalista e guitarrista de voz versátil de rock, - rock à séria - guitarra de talento refinado, e baixista talentoso e de presença em palco vincada. O resto são as músicas apelativas, em estilo muito, muito pessoal, que não vale mesmo a pena catalogar, até porque muito provavelmente poderia dizer uma grande asneira!
Diz-se em voz baixa que falharam uns riffs e digo eu em voz baixa que a presença em palco do vocals poderia ter sido mais vincada, - mais do que apenas a farta cabeleira, imponente, diga-se.
Mas falhar uns riffs também é rock e a presença em palco do vocalista é justificável, dado que os rapazes têm pouco tempo de palco. Mesmo assim, o baixista deu tudo o que tinha, com os saltos (meus e do público à minha volta) não posso precisar, mas julgo que chegou a rebolar no palco.
E era isto.
Estes rapazes são grandes. E ainda vão ser gigantes.

Ai a Ana...

Como prometido

Quando a rapaziada se junta pela tardinha para dois dedos de conversa bem regada por uma, duas, ou mesmo trinta cervejas bem fresquinhas numa solarenga tarde em jeito de tertúlia fraternal, onde o que mais conta é a amizade, o companheirismo entre amigos e a cerveja é comum vir à baila mulheres, jogos de futebol, mulheres, política, mulheres, trabalho, mulheres, futebol e mulheres.
Sobre mulheres muito se discute, se são bonitas, feias, simpáticas ou partidárias do aborto e qualquer que seja o tema incluirá mamas. Como diz Anneliisa Tonisson na edição deste mês da revista Maxmen "Os homens são fascinados por maminhas", e até que sim.
E quando é de mulheres que falamos acabamos sempre por tocar em nomes incontornáveis do universo feminino. Esta tarde surgiu, uma vez mais, o nome de Deborah Secco, mulher que atormenta a vida de tanto homem por esse mundo fora, e como o que é prometido é devido, aqui deixo a minha contribuição para a alegria de tantos de vós com duas imagens da menina.
Ai se todas fossem assim era eu tão feliz!... (suspiro...)

Loira ou morena esta senhora é linda

brindes happy merdas

Numa campanha publicitária inédita, a multinacional sueca IKEA passa a oferecer brindes aos sus clientes que façam compras acima dos 5 mil euros.
CALMA! Esta campanha não é aberta ao público geral, apenas ao corpo de dirigentes com pretensões ditactoriais espalhados por esse mundo fora.
Após uma breve vista de olhos pelo globo, os tipos da IKEA perceberam que o pessoal repressivo está a passar um mau bocado neste inicio de século XXI.
Saddam já embarcou, a Fidel já não resta muito tempo. Kim Jong Il anda agastado com a questão nuclear, assim como Ahmadinejad. Bush sente-se sozinho no poder americano e José Sócrates perdeu o título académico.
Pensaram assim os crânios da IKEA: "Vamos oferecer brindes a estes meninos porque não queremos cá ninguém a fazer beicinho!"
Assim foi. Tendo em conta que os Happy Meals engordam e a figura do líder obeso terminou com Ielstin e com o Capitão Iglo, esta é a oportunidade dos líderes do mundo se poderem divertir enquanto manipulam os seus fantoches governativos.
Fidel já agradeceu a iniciativa afirmando: "sempre quis receber uma algália e uma arrastadeira como brinde na compra do pechiché com motivos vikings. Obrigado IKEA!"
Ainda assim, Ahmadinejad, jovem iraniano mostra-se insatisfeito:"É muito bonito isto dos brindes, mas já tenho três armadilhas para ursos repetidas e nunca mais me sai a guilhotina para degolar os porcos sionistas. Será que alguém tem para troca?"
José Sócrates ainda está a juntar capital para comprar a "estante new-wave", sempre com a fezada de ganhar como brinde o título de engenheiro ou quem sabe algum lápis azul. Resta-lhe a esperança e a continuidade da bonita campanha do IKEA.
(Aqui vemos Fidel a fazer uma encomenda por telefone ao IKEA. No caso o artigo a ser pedido é o tampo de sanita Oresund.)

like a rolling stone...

Robert Zimmerman a.k.a Bob Dylan completa hoje 66 anos.

Podia escrever muito sobre a vida de um homem como Dylan, mas prefiro deixar-vos com um texto da Rolling Stone sobre o músico, autor, cantautor e poeta mais marcante da música popular norte americana do século XX.
Fica também uma Zurras FM especial.
"The Man in Me", do álbum New Morning criado em 1970. Ouçam.

façamos então a limpeza das vistas

Oh não! Diarreia não!

A diarreia aparece sempre nas piores alturas.


Ainda a Maria Porto

Como o Nuno Costa disse e bem, a Maria Porto (nome fictício de uma CENSURADO portuense) tem um um blog e um site. Se o site, agora reconstruído, teve a sua génese na procura de emprego da dita cuja, agora não passa de mais um que atafulha a web. Por outro lado o blog é sem dúvida um daqueles em que todos devíamos passar alguns momentos por dia, uns 15 segundos por exemplo. É que nele encontramos as experiências e o saber de uma rapariga como as outras, que simplesmente dá a CENSURADO como se não houvesse amanhã, e isso segundo a mesma arde.

Ora deliciem-se lá com esta menina e um pouco do que podem achar no seu blog A Tua Amiga.

Ontem não havia quartos no Porto. Em lado nenhum. Foi o Motel Havay que me salvou.Apesar de ter sido meiguinha e carinhosa, o Casado ainda não me deu o anús. Começo a achar que é birra.E também tivemos uma conversa mui séria, que por falta de tempo conto depois.Dormimos no Havay. Aqueles gritinhos dos quartos vizinhos são do melhor. Passei a noite ao despique, fodi, fodi, fodi e fodi.Só que agora arde. Ai.

Se eu tivesse fazia o mesmo...

...à mulher, nunca ao carro.

«Um cromo não tem cultura, mas eu tenho a quarta classe»

A frase é de Casimiro Afonso, mais conhecido por Zé Cabra, que agora regressa às luzes da ribalta com um segundo disco e um dvd.

Numa entrevista ao Correio Êxito (suplemento do jornal best seller Correio da Manhã) Zé Cabra falou um pouco sobre a sua vida atribulada.

Na verdade, as três páginas que preenche não dizem grande coisa, apenas as trafulhices nas gravações do primeiro disco – e nós vimos o resultado – e o seu triste percurso de vida, desde os campos do interior português até ao alto de um andaime em França. Pelo meio, uma aventura chamada música.

Para quem duvida da sua capacidade vocal, Zé Cabra avisa, em jeito de ameaça, que «quando quiser cantar bem eu canto!» Eu acredito!

Falta somente referir que o seu segundo trabalho artístico será lançado em Junho, na Feira Erótica de Lisboa. Sinceramente não parece ser o sítio ideal, facilmente os seus dotes vocais se confundirão com os gritos e gemidos característicos deste tipo de eventos.

Zodiac

Não me espero alongar muito nesta análise, pois tenho a forte ideia de que ninguém lê estes textos que escrevo derivado da sua magnitude vertical...
Sucede que fui mais o Pedro ver o Zodiac esta tarde. Filme do Fincher, tipo que como é referido no Ípsilon é um realizador obsessivo, mas já lá vamos.
Gosto de ir ao cinema de tarde. Gosto de ter a sala quase só para mim. Egoísta? Talvez, embora goste de pensar que aprecio o silêncio do ambiente quando estou a ver um filme, para além de não gostar de filas e de multidões.
Como disse, fomos ver o Zodiac esta tarde. Contando connosco, 7 pessoas dentro da sala, salvo erro. Mesmo à medida para um filme do Fincher. Não queremos cá putos a falar ao telemóvel ou a sofrer de verborreia mesmo a meio do filme. Não me levem a mal, não me importo que bebam e comam na sala de cinema, mas não posso com aquela maralha que vai para uma sala de cinema passar o tempo e conversar com os amiguinhos e amiguinhas.
Sigamos então para a mais recente obra do tal tipo obsessivo.
Primeira sensação. É longo, especialmente a segunda parte mais centrada em Robert Graysmith na sua obsessão em descobrir quem é Zodiac.
Baseado numa história real, a do assassino em série auto-denominado Zodiac que aterrorizou a Bay Area de São Francisco nos anos finais do flower power, se é que o movimento já não tinha falecido.
A estética que Fincher aplica às suas obras está lá de forma clara, apesar de ser um filme de época, o que é novidade na filmografia do realizador. O escuro acaba por vencer a luz em todos ou quase todos os seus filmes, e em Zodiac a maioria das imagens que temos de São Francisco são à noite e com chuva. E Fincher sabe filmar a noite, ou pelo menos a escuridão. Tal como Michael Mann, um dos poucos realizadores que sabe filmar e usar a escuridão como um elemento forte na narrativa, também Fincher fez desse um dos seus domínios, talvez muito mais psicológico e subjectivo do que Mann, mas tudo isso faz parte da obsessão.
O grupo de actores porta-se todo à altura. Jake Gyllenhaal é a imagem da obsessão, se quiserem, ele é a obsessão. Suportado por Mark Ruffalo no papel do Detective Dave Toschi, o tipo em que Steve McQueen se terá inspirado para o seu Bullit. Ruffalo apresenta-se cada vez mais consistente nos papéis que escolhe representar, pelo que devagarinho, devagarinho vai-se fazendo notar em Hollywood. Para além de todo o restante grupo de actores, tudo malta de provas dadas e que não falha, não posso deixar de louvar o belo trabalho de Robert Downey Jr. na sua representação do jornalista Paul Avery. Depois de um período conturbado, Downey Jr. parece querer recuperar o tempo perdido, e que belo actor que ali temos. Que se deixe das drogas para sempre, porque tipos deste calibre fazem falta ao cinema. Não fosse a segunda parte em que quase não aparece e teria com certeza roubado o filme a Jake Gyllenhaal, se é que não roubou mesmo.
Ora com o chamado "ensemble catita" e uma estória/história à sua medida, David Fincher manteve a barra da qualidade bastante elevada. É certo que não é nenhum Seven ou Fight Club, nem tem Brad Pitt, mas a perfeição não se atinge todos os dias.
Aliás, em Zodiac não se pode aplicar o conceito de perfeição, apenas o de obsessão.
PS: Neste momento David Fincher filma já o seu próximo filme. Imaginem quem interpreta a personagem principal? Lá está, Brad Pitt. Como diz o outro, esperam-se coisas bonitas.

"Mamã quero ser Puta!"

Diz a Maria Porto, (uma rapariga jeitosa que foi puta e já saiu da "vida", que escreveu um livro sobre isso e que agora trabalha no cinema alternativo, vulgo filmes porno fetichistas e que tem um blogue e um site...), que aos 15 anos, quando se começou a prostituir, facturou 5 000€ nas duas primeiras semanas de trabalho. Diz ainda que aquilo da "vida" até não é mau de todo.

Ora depois de ler isto quantas pessoas ainda pensam tirar um curso superior? (Podem admitir que ficaram a ponderar ser putas durante duas semanas que nós não dizemos nada a niguém...)

Resta referir que assisti a isto no programa da Júlia.

Coragem

Pronto.
No fim da semana e meia em que não houve nem jornalecos, nem tv, nem madeleine, nem rádio, nem madeleine, nem revistas, nem madeleine; apenas poucas horas de sono, uns concertos assim-assim e um ou outro mais ou menos para mais, chegámos. À cama e aqui.
Sem ser a madeleine, que não vi, - está dito - aviltam-se os ânimos com as eleições já marcadas para a autarquia de Lisboa e o campeonato que, ao rubro, ainda permite que os três grandes possam ser campeões.
Por Lisboa, o PS chega-se à frente com António Costa, que deixará a Adminstração Interna - a ver vamos como... - e o PSD ainda não oficializou Fernando Seara, ainda titular do posto máximo da autarquia de Sintra. A socialista Helena Roseta orbita na independência e no aborrecimento, na CDU, apresenta-se Ruben de Carvalho, e no Bloco de Esquerda o reincidente e já esperado José Sá Fernandes. Bonito.
No futebol, a coisa está complicada, pelo que o próximo fim de semana promete ser de muito trabalho para os hospitais por motivos cardiovasculares.
Apresenta-se assim: FC Porto com 66; Sporting CP com 65 e SL Benfica com 64. De modo que vão haver muitas unhas roídas. E não só.

Roma - Fim da República, Início do Império

Já que estamos numa maré de estreia de séries na rtp2, parece que esta noite, às 23:00 se inicia a segunda e última temporada de outro belo produto: Roma.
Vindo dessa máquina de fazer televisão extremamente bem afinada que é a HBO em conjunto com a BBC, Roma prima sobretudo pelo realismo com que recria a vida do maior império da antiguidade.
Visualmente estupendo, arrojado nos conteúdos apresentados, como de resto é apanágio da HBO, esta é unanimemente considerada como a série que melhor representa o período romano e a vida da sua população, não existindo limites à criatividade dos seus criadores. Muitos poderão argumentar que o facto das personagens comunicarem em inglês com sotaque britânico retira qualquer valor histórico à peça, mas, na minha opinião, apenas facilita a compreensão da narrativa e até funciona muito bem.
Com especial atenção nas estruturas do poder, na primeira temporada foi-nos apresentada a disputa pelo poder entre Pompeu Magnus e Júlio César, com a vitória a sorrir, claro está, a Júlio César.
Seguimos também a verdadeira odisseia de Lucius Vorenus e Titus Pullo, dois Romanos com visões diametralmente opostas da vida, da política e da religião, se é que na Roma antiga esses conceitos se podiam dissociar. É através destas duas personagens que conhecemos e acompanhamos os tumultos, as alegrias, os crimes, no fundo a evolução de Roma, até ao Momento do assassinato de Júlio César no final da primeira temporada. Com eles viajámos da Gália até ao Egipto, conhecemos as suas famílias, os seus preceitos e as reviravoltas da História.
Depois do fatídico "Et tu, Brute?" repleto de surpresa e resignação, a rtp2 oferece-nos a continuação da saga romana, em mais dez episódios de excelente qualidade. A acompanhar o primeiro dos últimos, esta noite a partir das 23:00.
Update: Um primeiro episódio mesmo ao estilo de Roma. Morte, tirania, inveja, sexo, arrependimento. É Roma, e não é bonita. Ou será que é?
Cena final a todos os níveis portentosa. Pullo e Vorenus como dois irmãos apenas com uma ideia na cabeça, uma tal de vingança.
Muito bom começo de segunda temporada, para continuar a seguir nos próximos tempos.

promessas...

Foram estas as palavras de Bernd Shcuster, treinador do Getafe dias antes do jogo da 2ª mão da Taça do Rei contra o Barcelona: "Se recuperarmos, vamos queimar o estádio!".
Muitos poderão ver esta declaração bonita e claramente pacifista como mais algumas palavras ditas no calor do momento, na busca por motivação da equipa e dos adeptos, mas a verdade é que esta bonita promessa poderá não vir a ser cumprida.
Acontece que o Barcelona ganhou na 1ª mão por 5-2, com o tal mítico golo de Messi "a la Maradona", e poucos ou nenhuns pensavam realisticamente que o Getafe teria hipóteses de fazer alguma coisa desta eliminatória.
Soubesse Schuster no que se estava a meter e talvez tivesse medido melhor as suas palavras.
Assim, na confiança de um pirómano incendiário de massas e de estádios, Schuster foi com o seu pequenito Getafe ao gigantesco Nou Camp em Barcelona, e sabem que mais? O Getafe enfiou 4 na bilha do Barça, mais um do que o necessário, o que lhes garantiu a passagem à final da Taça do Rei.
Chega assim o momento da verdade para Schuster. Pessoalmente não me importava nada de ver o estádio do Getafe a arder, mas tenho quase a certeza que, tal como Durão Barroso fugiu de Portugal para a comissão europeia, também Schuster vai fugir às responsabilidades.
Quando pensava que o mundo das falsas promessas estava restringido à política , Schuster vem mostrar que o mundo do futebol não é aquele paraíso que toda a gente fala.
A partir de agora, façam promessas mais mundanas, tipo queimar uma cadeira ou duas ou o capachinho do presidente, isso sim são promessas realistas meus senhores.

bloguer / jornalista

Antes de tudo o mais, quero apenas realçar que este blogue teve na sua génese os mais belos sentimentos de parvoíce, irracionalidade e criancice, e é aí que queremos continuar, salvo momentos de rara lucidez como este que se segue. Esperamos não ofender ninguém e prometemos retomar a anormalidade o mais cedo possível.

Naquilo que se configura como uma passo importante na legitimação dos blogues/bloguers face aos meios de comunicação tradicionais, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou uma emenda ao Free Flow of Information Act de 2007.
Nesta emenda, os bloguers vêem consagrados para si os mesmos direitos que os jornalistas no que diz respeito à divulgação das suas fontes, garantindo o direito ao anonimato das fontes, salvo raras excepções, tal como acontece com os jornalistas.
À primeira vista, esta nova emenda parece não ter nenhum efeito sobre a maioria dos cerca de 100 milhões de blogues existentes pelo mundo cibernético e além do mais só afectará os blogues americanos. Então qual é a sua relevância?
Para além de vir conferir mais segurança aos bloguers, esta emenda representa a crescente relevância e visibilidade adquirida por este meio em poucos anos. No documento vem também clarificada a distinção entre jornalista e bloguer, de modo a que as diferenças sejam claras e o jornalista se sobreponha ainda, e parece-me que bem, ao bloguer.
Em Portugal, parece-me que esta situação ainda está longe de ocorrer, porque depois de declarações como a do Procurador-Geral da República e passo a citar: "Os blogues são uma vergonha.", muito dificilmente existirá uma legislação nesta matéria.
Decidi publicar este post dada a relevância da situação para muita gente, incluindo o grupo de estudantes da comunicação que compõem o Zurraria, que é blogger e pretende ser também jornalista, preservando a liberdade de expressão e os direitos e deveres a ela inerentes.

O artigo sobre esta nova emenda ao Free Flow of Information Act está aqui.
O vídeo com as declarações do PGR está aqui.

Ainda sobre 24

Para primeiro episódio não foi nada mau não senhor, ainda assim pareceu-me demasiado curto.
De notar que o cameo de Stephen Merchant durou prái um milésimo de segundo.
Não sei quanto a vocês, mas assim de repente tenho vontade de ver as próximas 23 horas. Vamos a uma maratona? Alguém? Ou preferem uma sessão de tortura com a duração de uma semana?
Vendo bem, esta opção é capaz de estar mais dentro do espírito da série.
Sendo assim, até prá semana sr. Jack Bauer. Tenha cuidado com as correntes de ar e com os terroristas deste mundo.

Apesar de serem já incontáveis os concertos a que assiti de Blasted Mechanism, o que é certo é que estes rapazes são a elite. A ELITE!
Concerto do caraças, pá! Filhos da mãe! Que Concertasso!
REVOLUTIOOON!!!!

o poder da força ou a força do poder

Estreia esta noite a sexta temporada de 24 na rtp2.
Aparentemente este será o sexto dia mais longo da vida (algumas vezes morte) de Jack Bauer. Vida atarefada, é o mínimo que se pode dizer. Mas por outro lado, em 365/6 dias por ano ter um dia agreste não me parece assim tão mau. Ainda assim não há dúvidas que este tipo veio pôr em dúvida o reinado de Chuck Norris como o tipo mais resiliente à face da Terra.
O homem tem um dos maiores body counts da história da televisão, já foi considerado legalmente morto pelo menos duas vezes, já viu quase todos os seus familiares e amigos morrer à conta dos terroristas, nunca perde a bateria no telemóvel, nunca diz palavrões e é capaz de matar qualquer pessoa com as próprias mãos. Ora se isto não bate o Chuck Norris, então vou ali e já venho.
Bem sei que o Chuck é uma instituição e que o Jack Bauer não consegue fazer um rotativo, mas sempre considerei o chapéu de cowboy como uma fragilidade do Chuck.
Enfim, no último episódio da quinta série vimos Jack a ser levado num navio para a China. Acredito que a estadia no Oriente não tenha sido nada aprazível. Ainda assim, nesta nova temporada o homem regressa aos Estados Unidos para o que indica ser o último sacrifício. Parece que desta vez vai haver bombistas suicidas, bombas atómicas e mais não sei quê, e o Jack vai salvar isto tudo outra vez, em principio, a não ser que os argumentistas tenham preparado alguma surpresa, o que também é sempre apreciável.
Seja como for, não percam esta nova temporada de 24 na rtp2 às 22:40, ou então têm que ajustar contas com o sr. Bauer.

Zurras FM

Nesta edição da Zurras FM temos rock. Mas é rock de qualidade, nada desses dejectos que poluem as vias aéreas dos cidadãos mais incautos diariamente.
Sempre fizemos por apresentar música de qualidade na Zurras FM, seja de artistas nacionais ou malta desse país jeitoso que é o estrangeiro.
Os gadelhudos que hoje vos trazemos são efectivamente do estrangeiro, mais precisamente do Colorado, que consta ser um Estado pertencente aos US of A e dão pelo nome de Rose Hill Drive.
Foram considerados pela revista Rolling Stone uma das bandas mais promissoras para 2007, fizeram as primeiras partes da última tour dos The Who nos Estados Unidos, têm o reconhecimento e o apoio do próprio Pete Townshend, com quem já tocaram.
Tocaram também com os Queens of the Stone Age e os Van Halen, ganhando a merecida notoriedade aos poucos mas de maneira segura.
Tal como os Wolfmother, que divulgámos aqui na primeira edição da Zurras FM, também eles ainda não saíram da minha playlist desde o momento em que os ouvi pela primeira vez. Curiosamente, também como os Wolfmother (24 Maio no Paradise Garage), também os Rose Hill Drive vêm tocar a Lisboa este mês de Maio, mais precisamente dia 16, no Pavilhão Atlântico
Vão abrir o concerto dos The Who da melhor maneira, não duvido.
Ora os Rose Hill Drive são um trio composto por dois irmãos (Jacob Sproul e Daniel Sproul) e um amigo de infância (Nathan Barnes) que tocam rock como ele deveria ser sempre tocado. Tal como os Wolfmother esta rapaziada tem também sérias influências dos anos 70, e ainda bem. Belos riffs de guitarra, boa voz, boas letras, no fundo são um power trio que merece mais atenção do público, e é por isso que foram os escolhidos para esta edição da Zurras FM.
Do primeiro e único álbum homónimo dos Rose Hill Drive, ouçam Cool Cody.

Hot Fuzz - They Are Going To Bust Your Arse!

Soube pelo shôr Markl que Hot Fuzz, o novo de Simon Pegg e Edgar Wright não vai estrear nos cinemas portugueses. Enfim, nada que já não esperasse dada a ignorância do pessoal das distribuidoras neste país de engenheiros. Não queria lançar aqui nenhuma polémica, mas desconfio que os tipos que tratam da distribuição dos filmes nos nossos cinemas se licenciaram na UNI.
Fiquei abatido, porque ver um filme numa sala de cinema tem outro sentimento.
Assim, repetindo o que se havia passado com o magnífico Shaun of the Dead, parece o Hot Fuzz também sairá directo para DVD, muito provavelmente com um título gargantuamente estúpido. Deixem lá, pode ser que para compensar a tradução seja lançado ao preço da uva mijona, como aconteceu com o SOTD.
Postei aqui no zurras há tempos uma pequena lista com os filmes a que iria estar atento em 2007, e parece que o Hot Fuzz estava lá mencionado.
Nada neste blog é feito à toa* meus amigos e a menção a esta obra também não é excepção. Sou amante reconhecido dos bons produtos televisivos e cinematográficos vindos das ilhas britânicas, desde a britcom de Gervais, dos Monty Python, de Little Britain até a Trainspotting, Snatch e Lock Stock & Two Smoking Barrels, duas obras de cinema maior feitas pelo sr. Madonna himself, Guy Ritchie.
Como tal, para não perder tempo, montei-me na mula e passado algum tempo já havia Hot Fuzz em Portugal, bom, pelo menos cá em casa.
Falemos agora do filme propriamente dito.Edgar Wright realiza, Simon Pegg e Nick Frost são os parodiantes. Foi assim em Shaun of the Dead e, com a Graça do Senhor, é assim em Hot Fuzz. Desta vez atiram-se aos filmes de acção com unhas e dentes, adoptando o género buddy movie, fórmula usada e abusada por hollywood ao longo dos anos em filmes como Arma Mortífera, Bad Boys, Starky & Hutch, Tango & Cash e mais recentemente em Kiss Kiss Bang Bang.
Pegg e Wright criam um filme usando todos os clichés que vêm nos livros, e é isso que se pretende.
Basicamente o filme segue a vida de Nick Angel, um verdadeiro super-polícia que é enviado para a aldeia com a taxa de criminalidade mais baixa de todo o Reino Unido, simplesmente por dar má imagem dos polícias em Londres, dada a sua eficácia de 400% no combate ao crime. Chegado a Sanford, como sempre, a realidade não é bem o que parece, e Angel vai tomar conta das ocorrências.
Premissa simples para um filme que é 100% entretenimento sem perder qualidade por isso. Para quem viu Shaun of the Dead ou Spaced, a série criada pela mesma malta, é difícil não deixar escapar um sorriso quando vemos Nick Frost e Simon Pegg juntos no ecrã. Existe uma química impressionante entre os dois actores, que parecem ter nascido para representar um com o outro. Ah, é verdade, também não falta à chamada o mítico Corneto.
Há cenas gore, há humor inglês, há mistério, perseguições automóveis, armamento pesado, muito estilo, há tiroteios, muitos tiroteios. Que mais pode um tipo querer?
A banda sonora não falha, como de resto já é normal, e o filme conta com uma série de participações de grande qualidade, desde Bill Nighy, Martin Freeman e ainda uma grande performance de Timothy Dalton. Tem ainda participações especiais de Steeve Coogan, Stephen Merchant, Peter Jackson e Cate Blanchett, que servem apenas para sublinhar a qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido por Pegg e Wright.
É assim que se fazem os bons filmes rapaziada da distribuição! Não precisam de ter o carimbo a dizer Made in USA! Vá, este post chegou ao fim para vocês, agora já podem ir rever o último do Steven Seagal. Força nisso!
Para o resto da rapaziada que leu este post e quer ver este filme, pois só posso aconselhar duas coisas: ou dão uma volta na vossa própria mula ou esperam até que o DVD seja lançado cá na terrinha. Até lá, se ainda não viram o Shaun of the Dead façam-no. Caso não o vejam aviso já que estão sob pena de se tornarem como os tipos da distribuição de filmes. E nós não queremos isso, pois não?
* (estudos indicam que nada no zurras é feito à toa salvo 93% dos posts)

Semana Académica Algarve 2007

Serve este post para noticiar que a Semana Académica do Algarve inicia hoje as festividades. E para informar que, devido a esse facto, é possível que estejamos um pouco ausentes aqui do zurras. Mas nunca fiando...
Boas festividades.
Acompanhem os concertos da SA 2007, com os relatos de quem lá está, aqui.

um vídeo Jelnial!

Ok, o trocadilho do título é estúpido, mas este vídeo é de facto genial.
No dia da inauguração do Túnel do Marquês, estava a falar com o Pedro no messenger quando de repente ele dá conta de um distúrbio em directo no Telejornal da rtp1, salvo erro. Identificou imediatamente o Jel como o autor desse distúrbio.
Como não vi, acreditei na sua palavra, até porque o Jel encaixa como uma luva no perfil.
Para aqueles que não conhecem o Jel, ou não se recordam das suas peripécias, tenho que referir a sua participação na primeira série da Revolta dos Pastéis de Nata, como DJ em estúdio e como autor e actor dos sketches de apresentação do tema do programa.
Irritante, arrogante, demasiado atrevido, portista, enfim. Jel tem todos os defeitos e mais algum, mas é inegável o seu talento na exploração da comédia. Como refere outro Pedro, no Bitaites, "Depois de um episódio de Vai Tudo Abaixo até os Gato Fedorento parecem uns meninos do coro."
Ora acontece que me chegou às vistas, pela mão do xPOGOx, um vídeo feito pelo Jel para o seu programa na SIC Radical apelidado de "Vai Tudo Abaixo".
É então aqui que se completa o circulo deste post. Tal como prevíramos naquele momento, o distúrbio causado por Jel na inauguração do Túnel do Marquês tinha uma finalidade.
A finalidade foi esta:

Para além da evidente mas não definitiva temática esquerdista apresentada, tenho que tirar o chapéu ao KiRiKiRiKiRiKiRiKi, assim se chama o cantor de intervenção que acompanha Jel neste sketche dos Homens da Luta. Simplesmente genial.
Vejam mais do "Vai Tudo Abaixo" no Youtube, no Vlog do programa ou então na SIC Radical nas quartas à noite.
Humor para quem já não pode com as Produções Fictícias. Estais Livres!

Boa Noite Alvim

O sr. Markl alerta para que estejamos alertas para o que é o novo programa de um dos comunicadores mais "prolíferos" - em versatilidade e conteúdo - do nosso país: Fernando Alvim.
Estreia hoje, daqui a pouquinhos minutos, pelas 11 da noite, na SIC Radical, o seu novo talk show. O seu nome é Boa Noite Alvim, veremos que moldes terá, se a apelar a um late night, se arrojando em outras vertentes.
O que é certo e a nós nos interessa é que este programa e Fernando Alvim contarão com uma equipa belíssima. Aos conhecedores da blogosfera, - pelo menos um pouco - e aos amantes da escrita - bem escrita -, apresentamos uma equipa que é constituída, entre outros, por João Quadros, Nuno Costa Santos, Nuno Gervásio ou Pedro Santo.
E isto meus amigos, se não é um grande cartão de visita, não sei o que é.
Estes rapazes, atrás referidos, são, nem mais nem menos, sem se armarem ao pingarelho, a elite da blogosfera actual e da escrita para humor, televisão e outras. Pessoalmente, reconheço em João Quadros e Nuno Costa Santos grandes escritores. O Nuno Costa Santos passeia classe há anos na imprensa nacional e em escritos de espectáculos para outrém e o Quadros é um escritor de humor (do mais arrojado que há) de eleição. Não é um grande entertainer, mas é um escritor de grande qualidade e de uma coragem que é capaz de não o chegar a ser, por ser apenas ele próprio.
O Nuno Gervásio consolida o seu blogue do Bidé há muito e o seu humor é vastamente reconhecido. O Pedro Santo, que não conheço o rosto, é, arrisco a dizer, dos escritores da prosa mais escorreita e mais sarcástica dessa blogosfera fora. Admiro-o bastante, acho-lhe graça de leitor - e eu sou um leitor de bom gosto - e não de blogger.
Fernando Alvim recolhe o meu entusiasmo por todas as razões e mais alguns. É um comunicador de eleição, um comunicador eclético, de espírito e que trabalha de amor à arte, como comprova a sua publicação 365, que é um investimento do seu bolso a fundo mais que perdido. Alvim arrisca e recolhe. O seu trabalho na rádio é notável e unanimemente aclamado; o termómetro, as incursões da TV, em que não se sai mal, na minha perspectiva.
Há o amor à coisa e isso é importante nesta altura dos digitais e do lucro máximo.
Como se não bastasse, a música fica a cargo de Manel Cruz e JP Simões.
É opinião pessoal, mas quanto a mim, é a não perder, hoje, agora, na Sic Radical.


Zurraria

  • Para além de ocuparmos espaço na net, desperdiçamos também papel no Jornal de Monchique...

    Zurras Mail

  • zurraria@gmail.com