AVISO: Este post faz uso indirecto do vernáculo!


Viva a credibilidade da Wikipedia!
Não acreditam? Então toca a conferir.


PS: Lembrem-se disto da próxima vez que pensarem plagiar um artigo da Wikipedia...

(Não se preocupem, esta é a versão de 9 de Julho de 2006, entretanto substituída.)

Uma profissão condigna

Em Portugal, de há um par de anos a esta parte, humorista deve ser das profissões mais desejadas por todos os portugueses, logo a seguir a político corrupto e a dirigente desportivo corrupto. O aparecimento de um programa como “Levanta-te e Ri”que promove um canalizador (ou electricista)(ou serralheiro mecânico)(ou trolha)(ou qualquer outra coisa) a stand up comedian – nome pomposo – faz o sonho de muita malta da construção civil augurar seguir o fenómeno Fernando Rocha, que, por entre asneira atrás de asneira, vai enriquecendo...

Conclusões da Conclusão de um trabalho sobre o humor português;



Do amor ao ódio, Borat desperta sobre todos os quadrantes todo o tipo de sentimentos que não indiferença. Esta personagem de Sacha Baron Cohen, que remonta ao seu programa “Da Ali G Show”, da HBO, personifica um repórter cazaque que se aventura numa epopeia, augurando fazer um documentário sobre a cultura dos “US and A”, para benefício da “Gloriosa Nação do Cazaquistão”.
Borat inicia, então, o documentário no Cazaquistão, na sua aldeia natal, apresentando a família e apresentando-se a si próprio e aos seus costumes, satirizados e estupidificados.
Às tantas, já nos Estados Unidos, vislumbrando Pamela Anderson num episódio de “Baywatch”, Borat Sagdiyev esquece a missão patriótica a que se entregava, para perseguir a mais famosa nadadora salvadora do planeta, por quem se “apaixona”.
Esta perseguição resulta num conjunto de paródias aos hábitos americanos, aos preconceitos americanos e numa sucessão de episódios que têm tanto mais de divertido porque não são actuados, sendo o único actor Sacha Baron Cohen. Esta característica, de reality-movie, bem como a sua personagem de cazaque fez com que o actor e o realizador Larry Charles tivessem de lidar com alguma desconfiança.
Ainda antes das estreias se acirrava a celeuma e a expectativa em relação ao que viria a ser o “Borat: Aprender Cultura da América Para Fazer Benefício Glorioso à Nação do Cazaquistão”.
A crítica diverge. Se entre o maravilhoso e o mau gosto, kitsch puro, existem grandes diferenças? Aparentemente não. Há quem considere que Borat revolucionou a História do Cinema, da comédia, com este tipo de filme; “reality-movie”, dissemos nós, como há quem ache que Borat é só um caso incontrolado de anti-semitismo, homofobia, estupidez, e uma tentativa vergonhosa de vexar o Cazaquistão.
Mas olhar a comédia, como a vida, a preto e branco, é perder o seu melhor sumo e deixar certa moral controlar aquilo sobre que devemos rir. É crime! Décadas depois de Monty Python!
Borat parodia sempre certa cultura americana, certo preconceito americano. Esqueçam o Cazaquistão! Como o Cazaquistão podia ser o Iémen ou Portugal. Borat é uma paródia aos americanos e seus preconceitos, e meus amigos, este “Borat”, bem ou mal amado, é mesmo capaz de ser mesmo um ponto de viragem no humor, senão no cinema actual.
E Sacha Baron Cohen, - esperamos com ansiedade o próximo alter-ego – é também ele bem capaz de ser um dos melhores humoristas de sempre.


Zurraria

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