Feliz Natal!

Quando tinha 10 anos, ofereciam-me meias, meias, meias, cuecas com jogadores de bola, meias, meias, cuecas com os ditos senhores, e uma vez por outra, aquelas caixas de escolates que ninguém consegue comer. Daquelas que os adultos trincam custosamente com um sorriso amarelíssimo, cuspindo logo de seguida, e que as crianças não tentam sequer. Espertos, manhosos os putos. Sinto-me incluído.
Adiante, adiante. Fui crescendo, pois bem e pelos meus 14 anos, ofereciam-me meias, meias, meias, boxers com jogadores de bola, umas meiinhas às vezes também iam, e na volta ainda iam uns escolatinhos ranhosos e um boxerzinho à maneira, com jogadores de bola ou assim.
Nos meus 16 aninhos, porém, a situação toma contornos completamente diferentes. Oferecem-me umas meiinhas, vá dois ou três pares de meiinhas, uma caixinha de escolatinhos - a partir destas idades, parece que os escolatinhos ainda são mai ranhosos, é capaz de ser impressão - um boxerzinho já não com jogadores de bola, mas coisas estranhas igualmente, e dá-se a revolução: É-nos dado o primeiro after-shave ranhoso da nossa vida, o primeiro de muitos, com certeza. Foi nos meus 16 anos, em que sem ter qualquer espécie de pelo na cara, me é dado um after-shave, e muito contente o recebo, pois com certeza. O meu cérebro perguntava-se a si próprio, num autismo extremo, se seria whisky (isso já bebia, apesar de não ter pelos na cara) ou um perfume de cheiro duvidoso. Não sei até que ponto acertei.
Hoje, na noite de consoada, a de todos os sonhos, após a meia-noite, pra dar tempo ao cabrão do gordo, o cabrão barbudo saiu-se me com uns boxers e uns quantos pares de meias. Digo eu:
- Mesmo a tempo! Já há um ano que não tinha meias novas... E com raquetes, as minhas preferidas! (Nunca conheci na minha gaveta mais nenhumas)
Esta é a outra revolução: Hoje foram 3 after-shaves rascas... Cabrão do gordo!

Famílias: Se alguém da minha família ler isto, epá, desculpem lá, eu sei que não é inteiramente verdade, também houve aquela vez do puzzle, mas atendendo a que tinha 18 anos e dizia lá menos de 6... Não sei se essa conta.
Feliz Natal e esse cabrão gordo e barbudo que não me apareça à frente, hã?

É preciso é cuidadinho...



Pró Natal e Ano Novo
Vivermos com alegria,
Mais vale andar devagar,
Do que bater com os cornos na enfermaria...

Isto...

Isto de desejar bom natal e essas merdas todas, aborrece-me profundamente.
Tou farto de receber mensagens de felicidades, do pai, da mãe, da irmã, do primo, do primo afastado, da tia que é mãe desse do primo afastado, do homem que tem a loja onde a minha mãe compra o bacalhau, da enfermeira que me curou de uma constipação quando tinha 3 anos, do padre, dos amigos, dos inimigos, do taxista e do raio que o parta!
Ora vamos lá a acabar com esta merda! Fogo, o Natal simboliza algo de tão belo, porque raio me fodem a cabeça com isto todos os anos, ao ponto de me cagar para o Natal? Mas vocês pensam que eu não sei em que dia é o Natal? Que porventura podia pensar "Ah e tal, este ano o Natal para mim é no dia 6 de Janeiro!" bem ao estilo ortodoxo.
Que haja paciência para os aturar!
Enviem mensagens sim! Mas não uma vez por ano, quase que por descargo de consciência! Não foi só Jesus que nasceu! Todos nós nascemos também! Então para quê tanta mensagem na celebração do seu nascimento, quando nos meus anos ninguém se dignou a enviar uma mensagem que fosse! Uma!
Esta é uma mensagem que vos deixo a todos! Ainda bem que há pelo menos uma quadra por ano, na qual nos lembramos que afinal não estamos sózinhos no mundo, que temos amor, e alegria para dar aos outros, mas não se esqueçam que fazê-lo uma vêz por ano e só porque fica bem, pode magoar mais, do que alegrar o visado...
Desejo a todos um Santo e Feliz Natal, bem como todo o resto do ano.
JCarvalho

Nas compras...


A propósito do Natal e do cabeçudo gordo de barba, lembrei-me de ir às compras no outro dia. Não tinha dormido grande coisa, e estava, se bem me lembro, com um humor do c*r*l*o. Às tantas, no hipermercado, quando dei por mim, estava a espancar uma repositora de leste, mais precisamente romena. Parei de espancá-la, compreensivelmente, pedi muitas desculpas e prossegui caminho, na secção dos enchidos. Novo momento de inconsciência, acordo e vejo que enquanto espancava a mesma senhora kosovar, que estava a ficar visivelmente mal tratada, devorava a secção de enchidos, da qual tinham fugido as funcionárias. Fui posto fora pelo segurança. Ao reentrar no hipermercado, com uma cabeleira loira e um nariz de palhaço, não sendo reconhecido, tive uma outra crise de esquizofrenia, espancando a dita senhora ucraniana, que perdeu os sentidos enquanto se esvaía em sangue. Estava já fora de perigo, a senhora moldava, tinham-me detido a tempo. Dei comigo sentado no chão, com uma imensidão de alimentos que devorava desumanamente, enquanto me era dito que teria de pagar algumas centenas de euros pelos alimentos que havia deglutido inconscientemente.
Estava-me a sentir ligeiramente cheio. Coitada da senhora russa.
Tenho que ir ver isto da esquizofrenia.
Moral: “O que não mata, engorda”

Deu-me agora prá nostalgia...

Isto é que eram bons tempos...
(Pity the fool!)

Eles andem aí

Euro 2004, boas recordações, nalguns aspectos, para o povo português. Bandeiras nas janelas, muitas bandeiras por todo o lado, bandeiras que até chateia. Dezembro 2005, mau mês para o povo português. Eleições presidenciais, eleições presidenciais por todo o lado, eleições presidenciais que até chateia e PAIS NATAL nas janelas. Haverá alguma associação plausível entre as presidenciais e os Pais natal nas janelas sem ser a idade avançada do velho das barbas e do Mário Soares? Penso que não, mas a mim, ambos me aborrecem, mas aborrecem tanto que fico quase transtornado e em pré-depressão. Já tomei chá pra me acalmar. Não resulta.
Os Pais Natal aborrecem-me profundamente de tão numerosos que são... assustam-me... mas assustam-me mesmo. Acabei de ver o filme de um dos mais conhecidos mitos urbanos: Chucky, o boneco que mata pessoas, e lembrei-me dos inúmeros velhos barbudos que estão neste preciso momento a subir à janela de milhares e milhares de famílias portuguesas. Já alguém pensou no que os tristes bonecos de borracha têm dentro do saco? E quais os seus objectivos? Ah pois... agora ficaram com medo. E se eu vos disser que quando no outro dia fui a uma "loja Oriental" ao pegar no velho, vi que tinha escrito a letras negras: "made in pakistan". Qual é um dos maiores inimigos dos países ocidentais e principais núcleos do terrorismo a nível mundial? Tirem as vossas conclusões. "Eles andem aí".
Saudinha da Boa!

Qual violação?


Depois da alegada violação a duas meninas num hotel inglês, surgem algumas provas a justificar a sua inocência.

Apraz-me informar-vos, em primeiríssima mão de uma informação muito útil, que recebi agora de fonte fidedigna e é a seguinte:

O Natal este ano calha a dia 25...

Sim, aquilo do menino Jesus, filho do Pai Natal...

Prá juventude que anda com dúvidas...


Vá lá, já chega de olhar para as mãos...
Vão já ter com o vosso namorado...

Porque a paciência tem limites!


Um aviso para todos aqueles que sofrem de verborreia...
PS: Vocês sabem de quem eu estou a falar...

Designios e vazios...



(Qualquer dia revolto-me à séria: os censores estão a invadir o meu espaço. São muitos, alguns deles têm cara de mau e são misóginos e outro é de Alportel... já me chegavam os que tenho refundidos nas brumas do córtex encefálico que já me davam "água pela barba" agora vêem-me estes... guardem o lápis azul pah!)

Sinto-me mal, sinto um vazio dentro de mim. Não como nada há 12 horas. Estou a vegetar, a cadeira é confortável e a musica é boa podia ficar aqui durante horas. Mas não. Por desígnios de um ente superior, alguém está a tocar à campainha. Vou buscar o objecto afiado mais próximo: uma foice. Desço as escadas a pensar qual o melhor ângulo de penetração na visita. Penso duas vezes. Pouso a foice. Vou buscar a forquilha. A campainha exprime a sua revolta pelo facto de estar a ser constantemente pressionada. Não encontro a forquilha. Estou desarmado. Podia ir buscar qualquer outra ferramenta agrícola mas tenho um momento de reflexão: “Se alguém está a tocar à campainha por vontade de um "ente superior" não vou contrariar a Sua vontade, de certeza que não me mandaria ninguém a casa sem ter um objectivo. Nada é por acaso". Volto a descer as escadas e abro a porta: não está ninguém.
Subo as escadas, levo a foice para o quarto num estranho acesso de arrumação e responsabilidade, ponho-a em cima da cama. Volto a sentar-me na cadeira. Subo o volume da música. Sinto calor, muito calor. Ponho música natalícia. Passou. Continuo com a sensação de vazio. Não como há 13 horas.
Estou outra vez a vegetar, podia estar aqui a ouvir música durante horas. Toca o telefone. Está longe. Toca insistentemente. Penso que não devo ir. Tenho outro momento de reflexão: "Se o telefone está a tocar é por vontade de um "ente superior" não vou contrariar a Sua vontade. De certeza que o telefone não tocaria sem um objectivo. Nada é por acaso". Vou a correr, atendo. “Estou sim?” – do outro lado da linha vem uma resposta pouco amigável num tom de voz rude e assustador – “Tô, é da casa do Tóino?” - “Não” – respondo eu – “Atão deixa tar qué engano.”
Estou com dúvidas acerca de que, de facto, nada acontece por acaso, continuo à procura de um motivo plausível para o facto de me ter já levantado duas vezes da cadeira. Não encontro. Não sei se vou dar o benefício da duvida ao “lá de cima”.
Volto ao quarto. Recosto-me a ouvir música. Não me sinto bem. A sensação de vazio não passa. O meu estômago está a resmungar, não percebo porquê.
Oiço o telemóvel. Não está aqui. Não vou! É uma mensagem. Não me interessa. Não vou! Vou demonstrar ao omnipresente que tenho vontade própria!
Adormeço. Acordo quatro horas depois. Levanto-me, saio do quarto, vou buscar o telemóvel. Tenho a tal mensagem… leio-a. Uma determinada menina tinha-se lembrado que eu existia: “tão td bm o que me dizs a irms jantr os 2? Jinhux” (ai tam linde)… olho ao relógio: 0:00… (sem comentários…)
Fui comer. A sensação de vazio passou, não percebi porquê.

Saudinha da boa
(os textos aqui publicados, por mim, são pura estupidez e ficção, por incrível que pareça, houve alguém que teve duvidas disso…)

Só desisto se for eleito!


Vota Vieira: a resposta a todas as preces...

Dica do dia...


Pessoal. Agrafarmo-nos não é bom.
Pode dar vontade, pois pode... E há aquele gajo do circo, que faz merdas dessas com sorrisos na cara; sério pessoal, esqueçam isso... Aquilo é malta que já tem os buraquinhos feitos, é só pró encaixe.
No nosso caso, mui vulgar e nobre gente, sem buraquinhos, claro está, tal ousadia pode tornar-se dolorosa, incómoda até... O esguichar de líquido avermelhado, apesar de propíciar um espectáculo maravilhoso, é susceptível de sujar algumas peças de roupa, o que além de ser inestético, poderá levantar sobre o "agrafado" uma reputação de violador de virgens.
Foi a dica do dia, saudinha da boa...

Agora foi o mosquito...

Hoje era daqueles dias em que não estava pra fazer nada. Estava de tal forma motivado para a inércia que nem me estava a apetecer levantar o braço direito para coçar os restos do repasto do mosquito que me havia visitado durante a noite, no entanto, senti-me na obrigação de parar aquela comichão irritante que já durava havia meia hora, levantei o braço esquerdo. Senti-me bem. Fiquei a apreciar a sensação por mais meia hora.... Acabei por arrastar-me para algum sítio que não fosse a cama. Cheguei ao chão, percebi que era frio e desconfortável. Rastejei mais um pouco... e mais um pouco... e mais um pouco... Dei três voltas à cama e abri os olhos: tinha acordado.
Nada para fazer... que situação original na minha vida… Pensei em fazer-me útil: estudar! Analisei as consequências positivas que adviriam de tal acção e optei por manter a dignidade. Voltei a dormir. Acordei mais tarde, sem nada para fazer e sem sono… “menos uma opção para passar o resto do dia…” – pensei…
Liguei o computador, lembrei-me de escrever sobre o que me irrita e me chateia… coisas como o caminhar. Haverá alguma coisa mais irritante do que o acto de caminhar? Oh! Que coisa repetitiva e entediante! Já alguém terá pensado em descrever uma caminhada? O absurdo: Pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo… Ou melhor: um pé, outro pé, um pé, outro pé… Deve ser das coisas menos originais que se fazem na vida, mas estando eu num estado de inércia pura, tudo o que implicasse movimento me irritaria profundamente.
Liguei o som. Pus música natalícia. Tive frio. Sim, porque a única sensação que me provocam os cânticos de natal é mesmo o frio… Sinto arrepios e começo a espirrar, deve ser alguma reacção parecida com a que tem o cão do Pavlov quando ouve a campainha e começa a salivar mesmo que não haja comida. Um condicionamento operante. Qualquer coisa desse género… Fiquei com gripe. Desliguei a música e passou…
Continuei a preencher o meu dia com tarefas de real interesse: Jogo do Galo! Vou ganhar” - pensei eu - “afinal de contas não posso perder 33 vezes seguidas” - estava mesmo motivado! Nada podia correr mal. Ao fim de inúmeras tentativas ia finalmente ganhar um Jogo do Galo!
Quando me faltava pôr o “X” da vitória, voltou a comichão. Aquela comichão persistente e irritante proveniente do repasto do insecto sugador de plasma. Contorci-me numa ânsia desesperada para acabar com aquele maldito prurido! Desejava colocar o “X” da vitória o mais depressa possível. Tinha um mau pressentimento. Pressentia que algo não iria correr bem… algo que, apesar de não ter feito nada para que isso acontecesse, me iria impedir de terminar aquele Jogo do Galo com uma vitória. Não me lembrei de nada ao início, depois, passaram-me coisas pela cabeça realmente assustadoras: ser raptado por alienígenas, ver o Alberto João Jardim em cuecas no Carnaval da Madeira, lembrar-me da cara da Odete Santos… Tudo coisas que assustam qualquer pessoa que tem como principal objectivo na vida acabar de coçar-se para conseguir fazer um desgraçado de um “X” no Jogo do Galo… “oh diabo” – pensei eu – “mosquitos no Inverno?! Isto não é muito normal!” logo eu k sou alérgico às picadas de insec….”
(momento de inconsciência)
Acordei… estou revoltado… tenho 18 anos e um numero infindável de tentativas infrutíferas de vencer um jogo do galo… enquanto dormia falhou a luz, perdi o jogo. Um mosquito estragou-me o dia, a noite e provavelmente traumatizou-me para o resto da minha vida. E desta vez não houve a rapariga linda, loura, inteligente e de olhos azuis no meu momento de inconsciência… Acho que nunca mais a vou ver…
Saudinha da boa!

Livro Catita

Cartas de Um Louco - Ted L. Nancy - Ed. Gradiva


Foi Jerry Seinfeld quem descobriu Ted L. Nancy, um escritor de cartas verdadeiramente surreais, desde pedidos inocentes e exigências a queixas e sugestões feitos a todos os tipos de lojas, personalidades e instituições.
Algumas são tão absurdas que até custa crer que tenham tido resposta. E o mais engraçado é que muitas vezes as respostas ingénuas de lojas, hotéis, teatros, companhias aéreas e multinacionais conseguem ser ainda mais hilariantes.
Numa das cartas Ted escreve a uma loja para dizer que um dos manequins expostos na montra se parece com o seu falecido vizinho e perguntar se poderá comprá-lo para o oferecer à viúva inconsolável.
Noutra das cartas Ted informa educadamente um hotel de que vai dar entrada com a sua própria máquina de refrigerantes ("Assim não terei de me dirigir à recepção para pedir trocos").
E estas são duas das suas ideias mais normais...
Assim, aconselho a compra deste livro que de certeza vai deixar-vos com um sorriso nos lábios.
PS: Ah, já agora, o prefácio é do próprio Jerry Seinfeld (de quem se diz que é o autor do livro).

Mas que puta de vida é a minha?

Sempre me disseram que tenho que me levantar da cama cedo porque tenho que ir para as aulas...
Sempre me disseram que tenho que estudar para ter boas notas e para passar de ano...
Sempre me disseram que tenho que ser simpático para todos os que me rodeiam...
Sempre me disseram que tenho que ajudar os que necessitam da minha ajuda...
Sempre me disseram que tenho que ser responsável...

Sempre me disseram que chego sempre atrasado...
Sempre me disseram que sou burro...
Sempre me disseram que sou antipático...
Sempre me disseram que nunca ajudo ninguém...
Sempre me disseram que sou irresponsável...

De modos que vou continuar a não dar ouvidos a ninguém...

Onde Param as Mulheres?...


Sei lá... não sou moiral!

"Liberdade"

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Um dia estragado por aquele nome...

Acordei, levantei-me cinco minutos depois... Estava um belo dia: passarinhos a cantar, sirenes de ambulâncias a exprimir o seu estado de aflição e "vizinhos" ao gritos, o sol brilhava, estava quentinho... Depois... comecei a sentir-me estranho, lembrei-me do que me tem afligido nos últimos dias, mas afligido mesmo à séria, insónias, suores frios, um terror... comecei a ficar preocupado... o que se estava a passar é demasiado terrivel para um simples ser-humano, está bem... eu sei que sou um tipo com uma certa sapiência e capacidade intelectual.... mas, de qualquer forma, há coisas que acontecem insuportáveis... Perdi toda a vontade de ir à escola... mas a responsabilidade falou mais alto... e lá fui, numa esperança desmedida de que me fosse esquecer daquele "problema". Mas não. Ao chegar à capital algarvia, lá estavam eles... sorridentes, assustadoramente sorridentes, risos maquiavélicos, a olhar para mim... pior, estavam perto uns dos outros numa sequência lógica... fiquei perturbado... com vontades estranhas de tornar-me um serial killer para acabar com este pesadelo... resisti e tentei aliviar a tensão... "afinal não sou o único com este sentimento de revolta, existem pelo menos mais 10 milhões só no nosso país...", pensei. Resultou. Fiquei aliviado...
A aula estava interessante, como sempre; estava entretido: o jogo do galo ocupava-me a cabeça o suficiente... senti um arrepio... tinha ouvido aquela palavra outra vez! Não me afectou... tinha acabado de perder o jogo do galo pela 32ª vez e só pensava na vitória. Tive vontade de sorrir. "Afinal ainda ninguém proferiu os nomes" - pensei... aqueles malditos nomes! De repente ouvi uma sílaba que me assustou, não quis acreditar, tinha começado! Quando dei por mim, já estava dito o primeiro. E logo o pior: Mário Soares... às tantas veio o Alegre, o Louçã e o Jerónimo... fez-se silêncio. O estado de tensão voltou! Tentei mais uma vez aliviá-la e procurar um ponto positivo para não me sentir tão mal: "podia ser bem pior... pelo menos não disseram...." - CAVACO SILVA - gritou alguém do fundo da sala... Alguém lia os meus pensamentos; olhei pra trás... era uma rapariga linda, loira de olhos azuis, inteligente e lia os meus pensamentos. Fiquei feliz... achei estranho, no entanto, nunca ter visto tal pessoa ao fim de alguns meses de aulas... senti uma dor no rosto, e depois outra, depois uma voz: "acorda!!"... tinha ficado inconsciente ao ouvir "Cavaco Silva"...
Saudinha da boa....

Zurraria(s)

Zurraria: Este é um (ou mais um...) dos artífices utilizados por um conjunto de... (pensam vocês, enquanto se riem fartamente...) estudantes (não desprestigiando a classe estudantil, apesar do infâme epíteto...) para demonstrar a sua extraordinária sapiência e capacidade intelectual nas mais variadas áreas...Começávamos pelas drogas e alcóol, talvez... Para além destes temas, destacamos também a fantástica apetência destes jovens para a ficção, surreal por vezes, (a esquizofrenia de alguns deles é passível de ajudar à festa...), a qual terão oportunidade de verificar, caso não decidam fechar a página, jurando nunca mais voltar a abri-la... Para o caso, daqueles que, ainda assim, o ousarem, teremos (quase) geniais conteúdos sobre desporto, política, experiências frustradas do quotidiano, enfim, zurraria(s)...Aos mesmos, aconselhamos calma, enquanto rogamos fervorosamente a Deus, (com cânticos de louvor incluídos), que a arma do leitor esteja bem longe do computador e de preferência descarregada...
Um "Aleluia" a isso... Saudinha da boa...
Nuno Costa
Bruno Nunes
João Carvalho
Pedro Guerreiro


Zurraria

  • Para além de ocuparmos espaço na net, desperdiçamos também papel no Jornal de Monchique...

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