Gonçalo Pescada e o seu acordeão

Há relativamente pouco tempo, fui com um amigo assistir a uma jam session no Bafo de Baco, no âmbito do Festival Internacional de Jazz de Loulé e houve uma característica que não nos foi indiferente: o acordeão.
O jazz tem peculiaridades várias, mas de entre as conhecidas - por mim - não se inclui a existência de acordeão entre os instrumentos considerados jazzísticos.
Esse acordeão é de Gonçalo Pescada, que surge hoje no Ipsílon. Gonçalo Pescada renega a música popular portuguesa a que o seu instrumento surge inevitavelmente associado. As suas referências são eruditas, e o seu instrumento, se depender dele, também.

o Punk faz 30 anos


"Punk is not dead. Punk will only die when corporations can exploit and mass produce it."
(Jello Biafra - Dead Kennedy's lead singer)


A revista Time fez um pequeno clip dedicado ao Punk. Vale a pena ver, aqui.

Gonçalo M. Tavares em mais um destaque da literatura lusófona

Gonçalo M. Tavares, - com a sua obra Jerusalém, - é o único finalista português do Prémio PT de Literatura.
Este prémio, que se destina a escritores lusófonos, destacou ainda outros escritores não brasileiros, como o angolano Ondjaki, com "Bom Dia Camaradas" e o moçambicano Mia Couto, com "O Outro Pé da Sereia", dois autores - de que gosto bastante e - aos quais me referi já aqui no blogue.
Numa fase anterior, em que constavam 51 obras, sete eram de autores portugueses, entre os quais José Saramago, com "Intermitências da Morte" e "Pequenas Memórias", "Jerusalém" e "Senhor Brecht" de Gonçalo M. Tavares, "Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo" de A. Lobo Antunes e "Sem Nome" de Hélder Macedo.
Este é um prémio do Brasil para a Lusofonia, e em jogo estarão 3 prémios, em que o primeiro classificado irá arrecadar 100 mil reais (cerca de 37 mil euros); 35 mil (13 mil euros) para o segundo e 13 mil (quase 6 mil euros) para o terceiro classificado.

a beleza de uma private joke

Visabeira goes international
a malta das caraíbas que se cuide.

ligações avulsas

Numa iniciativa apenas possível através das maravilhas da internet, é novamente dada voz ao cidadão descontente com as agruras do dia-a-dia.
Muito bem, se calhar não é bem para reclamar sobre as desgraças do dia-a-dia, porque para isso já existem as caixas de comentários do Correio da Manhã online, mas sempre é uma iniciativa jeitosa.
Se ficaram revoltados com a reeleição do amigo George Walker Bush têm aqui uma oportunidade de demonstrar quem desejam que seja o seu sucessor. É certo e sabido que só os cidadãos americanos podem eleger o seu presidente, mas neste site podemos ter uma perspectiva global das intenções de voto caso todo o Mundo pudesse votar para a eleição do novo Presidente dos EUA. O site reconhece a localização geográfica do vosso voto, de maneira que podem depois ver quem vota o quê, em cada país. Esclarecedor sem dúvida, mas duvido que seja premonitório, conhecendo os americanos como não conheço.
Votem aqui e vejam os resultados.

Agora sim, aqui no zurras damos a conhecer uma iniciativa criada por portugueses, para portugueses. Pelo menos para aqueles que apreciam boa televisão.
Fartos das cambalhotas na programação da TVI e da gota de água que foi a transmissão da série The Office às 5 e tal da madrugada, estas pessoas puseram mãos à obra.
Criaram então uma petição dirigida à TVI (mas que podia ser à maioria dos canais generalistas), de maneira a que a companhia dirigida pelo sr. Moniz se decida: ou compra as séries e as passa a horas decentes ou então nem vale a pena gastar o dinheiro.
Confesso que já tinha conhecimento da iniciativa ainda antes do comentário feito no post anterior, mas isto de fazer posts leva o seu tempo. De facto por esta altura já existem mais de 150 assinaturas.
Aqui no Zurraria gostamos de boa televisão, por isso eu já assinei.
Assinem vocês também e mostrem o poder do povo.

air madeleine

Jovem, tens menos de 10 anos de idade e gostarias de viajar pelo mundo?
Conhecer paragens exóticas, visitar por breves instantes bombas de gasolina e ver a tua cara em muitas televisões nos mais variados sítios do mundo?
Para que esse sonho se torne realidade só tens que emigrar ou imigrar para o Algarve na companhia dos teus pais e restantes familiares.
Aquando da chegada a um qualquer condomínio é imperativo deixar as portas e janelas de casa destrancadas, de modo a permitir a entrada do pessoal que trata do serviço.
Terás também que marcar um jantar para os teus pais num restaurante a menos de 100 metros do apartamento de maneira a facilitar o nosso trabalho.
No momento de chegada dos nossos operacionais é mandatório o silêncio e nada de deixar rastos de sangue nos cortinados, não vá ninguém pensar que te aleijaste.
Vai já mostrar este impressionante pacote de viagens aos teus pais, antes que acabe o Verão ou a nossa empresa seja visitada por um qualquer força de autoridade nacional ou estrangeira.

É. Parece que sim e que vivemos numa democracia. Outras vezes parece que não. Hoje parece-me que não. Mas isto sou eu que tenho uma personalidade instável e visito regularmente a Wikipédia. Hoje visitei.

Gosto de ler coisas nos jornais que me deixem contente. Acho muito bem que se matem os mutantes, os mutantes, esses que nos quadradinhos da marvel dominam o mundo e são fortes e tudo. Banda desenhada. Não é real. Os mutantes são fracos, comestíveis e do tamanho de bagos de milho. Dizem-me que são bagos de milho à séria mas não acredito. Eles são capazes de provocar dores de barriga e de matar - em grandes quantidades, astronómicas – a fome no mundo. Segundo estes factos trazidos à luz do dia, o melhor mesmo é devassar e exterminá-los à nascença antes que se ponham numa latinha de metal e sejam vendidos num supermercado.

Também gosto de saber que a Madalena ainda não apareceu, e que portanto pode estar viva e a viajar pelo mundo… Malta, Marrocos, Bélgica, Holanda, Espanha, Torres Novas e Matosinhos.

Não fosse pela idade e sugeria que fossem procurá-la ao Novo México, no novo reality show da CBS que coloca crianças entre os 8 e os 15 anos a viverem sem adultos numa cidade fantasma. Gosto de saber que nos pormenores do contrato estão cláusulas – aprovadas pelos pais – que incluem que a cadeia televisiva não se responsabiliza pela morte dos concorrentes, acidentes pessoais, contracção do vírus da sida e … gravidez… aos 8 anos?!

17.74 metros de ouro


Um terceiro salto espectacular de Nelson Évora garantiu-lhe a medalha de ouro e um novo recorde nacional do triplo salto. De facto, Évora fez um concurso impecável, com marcas de assinalar em todos os saltos. Vejam o salto aqui.
É assim, aos 23 anos, o novo Campeão do Mundo de Triplo Salto, suplantando nas medalhas o anterior campeão do mundo e o autor da melhor marca do ano.
A acompanhar na rtp2 esta semana a partir das dez e meia da manhã os Campeonatos do Mundo de Atletismo em Osaka, no Japão.
Aqui no zurras esperam-se mais medalhas, provavelmente de Naide Gomes e de Francis Obikwelu, os portugueses em prova mais propensos a adquirir tal "bling bling".

PS: Peço desculpa pelas duas últimas palavras escritas no texto anterior. Representam de facto uma queda de 40 pontos no meu QI, já de si pouco famoso.

Hostel de Eli Roth

O filme Hostel (2) de Eli Roth é um chorrilho de perversões.
A premissa arranca dos mais repugnantes desejos desumanos, passando por uma intrincada conspiração que invoca certa "burocracia e perversão soviética". A Eslováquia é o país escolhido, mas se fosse a Ucrânia ou a Bielorrússia, mantinha-se o efeito assustador dos "devoradores de criancinhas".
O que decorre, é no fundo, um exercício macabro, por vezes inconsistente, outras apenas repugnante. Para mim, um fetichista nato, teria sido uma delícia, se a coisa envolvesse algo de teor sexual. Não envolvia.
Bem no final, o momento em que o pior - mesmo - que um homem pode temer aconteceu.

ps. aceitam-se apostas; acertam à primeira!

Agradecimento a Eduardo Prado Coelho

Faleceu Eduardo Prado Coelho.
É comum para um banal leitor do Público reconhecer em Eduardo Prado Coelho (EPC) a melhor prosa que passava pelo diário desde a sua fundação. Eu, - jovem - que não o li desde sempre, habituei-me a passar por cima de "n" cronistas do Público para, identificando o rosto quase icónico, parar no "Fio do Horizonte", lendo a coluna, invariavelmente brilhante e lúcida. Para mim, EPC confundia-se com o próprio diário. Daqui para a frente não sei. Há muito pouco tempo, a sua coluna encontrava-se "suspensa", precisamente por motivos de saúde. Nuno Pacheco, - sub-director - substituia-o, e mesmo gostando eu bastante de Pacheco, sentia-lhe a falta, do Fio do Horizonte. Ontem li-o, ignorante sobre ser a última vez, que daquela pena não viria a sair mais nada.
Há tempos, - tenho ideia que na Visão, - saiu uma extensa entrevista com ele, que me fez admirá-lo mais ainda. Era um intelectual na verdadeira acepção da palavra, mas também um boémio, desses verdadeiros que foram de uma "esquerda" brilhante e de um activismo que já não existe, a bem dizer, porque já não é tempo disso, que não obsta, apesar do referido, à minha profunda admiração por ela.
Perdeu-se o homem, e é por esse que se chora, mas perdeu-se tanto mais. EPC é do tipo de homens, que com eles, vão levar muito, algo que, porventura, não volta nunca mais.

Sportem... (o Paulinho sabe contar!)

Aqui no zurras somos movidos a curiosidade tal como Pinto da Costa é movido a prostitutas brasileiras e Marques Mendes é movido a pilhas AAA - sim, são as mais pequenitas.
Movidos então pela curiosidade e pela loucura que varre a blogosfera portuguesa nesta silly season quisemos também conhecer a tão falada campanha publicitária promovida pelas mentes felinas de Alvalade. Para que tal acontecesse foi necessário entrar no site do clube, momento que provocou suores frios e muitos remorsos por parte da facção benfiquista presente (daqui vai um salvé a São Rui Costa, já agora).
Ainda assim, e movidos a combustíveis amigos do ambiente como batatas fritas de pacote e pizzas com condimentos oriundos do oceano, que não o do Sporting, testámos a estratégia de marketing verde e branca para vender gamebox's para a Liga dos Campeões.
(ver o vídeo aqui antes de ler o resto do post, sff)
Para os menos iluminados ou para aqueles que acabaram de passar 15 dias num qualquer T0 algarvio juntamente com mais nove pessoas e apenas uma casa de banho, passamos a explicar no que consiste a tão falada campanha interactiva.
Enquanto ainda estava activada, era pedido ao utilizador para escrever o seu nome e o número de telefone num pequeno formulário. Feita essa tarefa dava-se a entrada no flagelo.
Somos então transportados para o balneário do Estádio Alvalade XXI onde se vê os jogadores do Sporting num estado apreensivo e Polga a limpar os beiços à camisola. Está criado então o bonito ambiente. Passamos então para a figura do mítico Paulinho, o roupeiro, a proceder a uma espécie de contagem dirigida para as bancadas do estádio. Daí partimos para uma montagem de planos em que Paulinho corre desenfreadamente pelos corredores lagartos. De enaltecer aqui as capacidades atléticas de Paulinho, que corre como um verdadeiro fundista.
Nos entretantos, todo o balneário sportinguista e a Nossa Senhora vivem momentos de aflição e impaciência enquanto não chega a boa nova das mãos de Paulinho, essa engrenagem magistral da máquina verde.
É então que se ouve a bela voz de barítono possuída por Paulinho, anunciando a falha capital: Falta Um, Mister! Falta Um!
É visível então uma folha em branco onde estaria presente o nome inscrito previamente (agora não aparece nada dado o fim da campanha).
Paulo Bento puxa então do telemóvel e começa a marcar um número de telefone. Na versão original, seria o próprio Paulo Bento a telefonar-nos - sim, o Paulo Bento telefonava ao pessoal - mas agora contentamo-nos com o que temos.
Percebemos então que falta alguém para quer o jogo possa começar e quem mais do que Paulo Bento, com a sua voz abrutalhada, é decerto o elemento que leva as pessoas ao jogo. Sabe o Sporting e sabe Paulo Bento que uma voz aveludada e de boas maneiras é a melhor maneira de levar a pequenada betinha ao estádio.
É jeitosa a campanha sim senhor, será original e mostra todo o balneário do Sportem de uma forma de certo modo deprimente, o que é bonito para os clubes rivais.
Para terminar, deixo apenas uma pergunta:
Será Paulinho a pessoa mais qualificada em toda a estrutura sportinguista para proceder a contagens em massa? Até quantos saberá Paulinho contar? Terá Paulinho frequentado o sistema de ensino português? Terá Paulinho uma voz mais abrutalhada que Paulo Bento?
São perguntas que ficam senhoras e senhores, são coisas que apoquentam.

Thank God AllGarve has ended. Olá

Foi por falta de tempo que não escrevi aqui - atempadamente - sobre o último evento do "Allgarve", mais precisamente o concerto de Camané e Carlos do Carmo com a Sinfonieta de Lisboa, em Loulé, junto ao (tal) Monumento Engº Duarte Pacheco, no passado sábado.
O espectáculo era fado. Carlos do Carmo é um dos mais ilustres da nossa praça e Camané destaca-se naturalmente nesta nova vaga de fadistas. Para mais, acompanhados por uma orquestra de música clássica.
Mas o espectáculo transcendeu, - não necessariamente no sentido que Kant lhe imprimiu - as barreiras musicais. A começar pela figura singular que é Carlos do Carmo. Se Camané se mostrou nervosíssimo, oscilante, gago, - nunca enquanto canta, apenas nos interlúdios entre músicas - Carlos do Carmo abriu o livro e desatou a sacar gargalhadas ao público, qual stand-up comediant. Já lhe conhecia o espírito, mas desconhecia-lhe o gosto pelas farpadas, como as que desatou a espetar no traseiro estrangeirado de Manuel Pinho e do seu Allgarve, que... vamos lá... lhe pagaram o cachet.
Carlos do Carmo é um "one-man-show". Camané veio para cantar, Carmo veio entreter, contar piadas e assumir o fracasso do AllGarve. Que foi grande.

há males que vêm por bem


Faz hoje 30 anos que o maior gatuno do rock não morreu, na sua mansão "Graceland", em Memphis, no Tennessee.
Chamam-lhe Elvis Presley, e apresentou o rock n' roll aos brancos - (ou ao mundo, conforme a perspectiva)
Para compreender a sua importância neste mundo, tentem imaginar a história da música do século XX sem este gingão.
Porque os blues de Robert Johnson, John Lee Hooker, Muddy Waters e B.B. King (entre outros) afinal só precisavam de mudar de cor.

how you doin'?


Parece que a rtp2 está a retransmitir a série Friends desde o início.
Ross, Rachel, Phoebe, Monica, Chandler e Joey estão de volta à televisão portuguesa. Não tenho confirmação, mas presumo que serão transmitidas as dez temporadas de forma ininterrupta, o que irá proporcionar cerca de um ano de episódios.
Sempre por volta das 20:30, de segunda a sexta na rtp2. Para descobrir, ou rever, uma das maiores séries de comédia da televisão americana de sempre. A não perder.

"Contra factos..."




Com que então, não viram o Death Proof?
Grande realizador, este Tarantino.

Novas tecnologias

Falava esta tarde uma senhora na televisão para um dos concursos da tarde, O Xadrez, ou Damas, ou Dominó, coisa de pensionistas portanto, e diz ela ao Graciano:
"Estou a ouvir muito mal, vou desligar o telefone e falo só pela televisão..."

Zurras FM

Em Dezembro do ano passado o rapper Nas, histórico do movimento da Eastcoast bradou aos ventos "Hip Hop is Dead". O álbum de Nas não se deu nada mal comercialmente, conseguindo apresentar uma série de singles de qualidade acima da média. Depois do fracasso do comeback de Jay-Z, Nas vinha então anunciar o final do Hip Hop.
Ora como o que hoje é verdade, amanhã é mentira, alguém tinha que vir desmentir um dos mestres da oldschool.
Enquanto não chega esse messias que é Graduation, o povo vai-se divertindo a ouvir obras de qualidade acima da média. Bem acima da média, neste caso.
Hoje aqui na Zurras FM temos o terceiro single do novíssimo álbum de Common, também ele uma figura importante, especialmente dado o sucesso de "Be" e "Like Water for Chocolate", antecessores do que hoje apresentamos.
Em "Finding Forever" - assim se chama o longa duração - a música do já veterano Common continua a evoluir, ainda com a mão de Kanye West na produção. Apesar de ser um álbum com muitas colaborações (Will.I.Am, D'angelo, Bilal, Lily Allen e o próprio Louis Vuitton Don), a presença de Kanye é constante, mesmo que não se apresente ao nível vocal.
Utilizando um conceito explorado por Valete, Finding Forever é extremamente apelativo aos "Beat-Hoppers" - tipos que valorizam os samples, os beats e a textura musical presente em cada faixa, relegando para segundo plano as rimas e a mensagem transmitida pelo MC. É apelativo a esses e aos outros, que valorizam as rimas e a mensagem, pois estamos a falar de Common. "Finding Forever" é para o menino e para a menina, agradando a todos. É certo que tem o selo mainstream muito mais carregado que os anteriores, contendo material agradável ao ouvido que produz músicas bastante "orelhudas".
Nos Estados Unidos este já é o terceiro single deste disco a rodar nas rádios, apesar de só ter sido lançado no formato físico no passado dia 31 de Julho. Nós aqui no zurras orgulhamos-nos de ajudar na promoção. Cinco estrelas.
Senhoras e senhores, Common com a ajuda da menina Lily Allen em Drivin' Me Wild. Aqui, na Zurras FM.

banco dos comunistas portugueses?

Paulo Teixeira Pinto, director executivo do BCP acabou de proferir a palavra "comunista" durante a entrevista a José Alberto Carvalho no Telejornal.
Imediatamente pediu desculpa.

de estimação

Como estou um bocadinho cansado e com uma urgente necessidade de ir finalmente fechar os olhos na minha magnifica cama, vim aqui apenas recordar-vos de como os seres humanos do sexo feminino são tratados em muitos casos lá para os lados onde andei ultimamente. Cá para mim, se fossem todas assim, até que nem havia grande mal..
Clica aqui.

Gosto de Cuba mas prefiro a Jamaica

Orgulha-se a RTP de ser a única televisão estrangeira à qual foi permitida a permanencia em Cuba para gravação de uma reportagem acerca daquele que continua a ser o bastião do comunismo a ocidente. Orgulha-se a RTP e tem razões para isso.
Levanta-se, no entanto, a questão: Não será arriscado ou impertinente, para quem vive num regime ditatorial no qual se sofre ameaças de morte se se ousar enfrentá-lo, ter um gravador ao lado do telefone caso seja alvo de uma chamada pouco amigável e informar o interlocutor que se está a gravar a conversa? Se calhar é arriscado. Tão arriscado como falar acerca da realidade social cubana para uma camâra de televisão. (Fala-se na hipótese de actores contratados.)

Aguardam-se notícias dos entrevistados pela RTP. Não serão boas por certo...


Zurraria

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