Moby Dick, no Teatro Municipal de Faro
2 seres zurraram ALTO! Zurrado por Pedro F. Guerreiro / domingo, março 11, 2007 às 15:16.Às vezes, dá gozo ver uma coisa tão bem feita. Como ontem à noite.
Moby Dick, adaptação para teatro de uma obra literária de três tomos, do génio que foi Herman Melville. Da adaptação, por Maria João Cruz, também aplaudo o génio. Porque mais que encenar, é re-inventar em duas horas (!) literatura de muitas: Três volumes, que raio...
E depois, António Pires, o encenador, brinda-nos com um espectáculo ágil, a cenografia brilhante (mais que brilhante...) por João Mendes Ribeiro e a banda sonora (isto existe, assim dito, em teatro?) muito, muito boa por Paulo Abelho e João Euleutério. "Orelhuda", citando.
O elenco é bom e puxa o público. À má-fila. À ignorância, digo.
Se calhar, havia quem fosse à espera de ver a Rueff de bigode e cabelo lambido a gritar por Lampiões e Miguel Gilherme numa das suas personagens de lisboeta chico-esperto.
Moby Dick é, - se já não pagaram bilhete, - um clássico de literatura em que o existencialismo é palavra de ordem, e Ahab, de corpo e mente mutilados, palco dessa densa busca.
Maria Rueff é narradora que encarna facetas. "Anjo da Morte", mulher de pescador massacrada, narradora "brechtiana", altivez e sujeição. Afastem os rótulos e, por favor, o bigode. Assim estamos tão bem.
Miguel Guilherme é um belíssimo Capitão Ahab. Irascível, obcecado. Como deve. Não há Miguel Guilherme. Apenas antes de entrar e depois de sair. Grande mérito nisso...
E um restante rol de actores muito mais que competentes. Grandes trabalhos.
Não vai haver isto em DVD?
Assim, dá gosto, e apetece-me ir ao teatro, como já na semana passada com um belo Hamlet, - sobre o qual não tive tempo de escrever, nem tanta vontade, apesar de ter gostado bastante.
Mas hoje, um mimo ao Moby Dick.
Porque sim.
Moby Dick, adaptação para teatro de uma obra literária de três tomos, do génio que foi Herman Melville. Da adaptação, por Maria João Cruz, também aplaudo o génio. Porque mais que encenar, é re-inventar em duas horas (!) literatura de muitas: Três volumes, que raio...
E depois, António Pires, o encenador, brinda-nos com um espectáculo ágil, a cenografia brilhante (mais que brilhante...) por João Mendes Ribeiro e a banda sonora (isto existe, assim dito, em teatro?) muito, muito boa por Paulo Abelho e João Euleutério. "Orelhuda", citando.
O elenco é bom e puxa o público. À má-fila. À ignorância, digo.
Se calhar, havia quem fosse à espera de ver a Rueff de bigode e cabelo lambido a gritar por Lampiões e Miguel Gilherme numa das suas personagens de lisboeta chico-esperto.
Moby Dick é, - se já não pagaram bilhete, - um clássico de literatura em que o existencialismo é palavra de ordem, e Ahab, de corpo e mente mutilados, palco dessa densa busca.
Maria Rueff é narradora que encarna facetas. "Anjo da Morte", mulher de pescador massacrada, narradora "brechtiana", altivez e sujeição. Afastem os rótulos e, por favor, o bigode. Assim estamos tão bem.
Miguel Guilherme é um belíssimo Capitão Ahab. Irascível, obcecado. Como deve. Não há Miguel Guilherme. Apenas antes de entrar e depois de sair. Grande mérito nisso...
E um restante rol de actores muito mais que competentes. Grandes trabalhos.
Não vai haver isto em DVD?
Assim, dá gosto, e apetece-me ir ao teatro, como já na semana passada com um belo Hamlet, - sobre o qual não tive tempo de escrever, nem tanta vontade, apesar de ter gostado bastante.
Mas hoje, um mimo ao Moby Dick.
Porque sim.
Ah grande cabronázio!... E eu que ainda não vi! :S
Ou ela ou nós! - turum, turum - Ou ela ou nós! :)
Foi realmente uma bela peça.
E aplaudimos de pé!
:)