A Laurinda Alves

Pergunto.
Não será preocupante ler Laurinda Alves - primeiro - e concordar com o que ela escreve - segundo - ?
Na passada sexta, no Público, "aquela que nós sabemos" escreveu - e bem - sobre Mia Couto. Sobre as entrevistas/ conversas de Mia na televisão portuguesa, refere que a "Grande entrevista" de Judite de Sousa tirou Mia Couto do seu habitat, como aliás seria de esperar. Judite de Sousa é uma entrevistadora perita em sacar respostas, de entrevista directa e pouco espaço ao entrevistado. Mia Couto precisa de espaço, tempo, para pensar e para se expor. A sua conversa tem o ritmo africano algo compassado e sonhador.
O espaço teve-o, em parte, na Câmara Clara de Paula Moura Pinheiro. Ambiente descontraído e entrevistadora, - conversadeira - que dá espaço para o imaginário, a estória, e proporciona a Mia Couto aquilo que Laurinda Alves tendeu a chamar o brilho do "olho azul". Escusava-se, Laurinda, mas sigamos.
Aqui entre nós, Mia ficava mesmo bem, - e eu com ele, - no Por Outro Lado, de Ana Sousa Dias. Uma conversadeira, ao escritor moçambicano!
E a Laurinda; pois sempre é suportável, se não invocar a vida familiar - enfadonha -, as celebridades com quem se encontra por puro acaso em algum sítio do Mundo, as rezas e a sua espiritualidade.
Como a Laurinda insiste em ivocar tudo isto, esta é uma página perdida, no belíssimo Público de sexta-feira. Tanto bom cronista e tanto - aspirante a - jornalista desempregado.
E o Mia Couto na Grande Entrevista; e a Ana Sousa Dias a falar de Bairros com idosos. Ora ora.

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Zurraria

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