1º dia de FestivalMed 07

Aberto mais um - a 4ª edição - Festival Med.
Neste primeiro dia, 27 de Julho, os Jazz Ta Parta abriram-me o evento, num dos muitos palcos dispostos pela zona histórica da cidade de Loulé. Bom ambiente, comes, bebes, mais bebes que comes, a música boa e uns velhos (ainda sou jovem) conhecidos.
Jazz Ta Parta, banda farense de jazz, com flauta, sax, baixo e piano e bateria constituem a aura jazzística do Festival Mediterrâneo. A ver, todos os inícios de noite até ao fim do Festival, no Palco da Bica!
Findo o tempo do jazz, incursão até outro palco, - o do Castelo -, para ver os In Canto. Esta banda é encabeçada por Luísa Amaro, que é nada mais nada menos que a primeira mulher a gravar em guitarra portuguesa, que não obstante a aparente feminilidade (semântica, digo) do instrumento, é herança tradicional de homens; (diz quem?). A refinada guitarra portuguesa de Luísa Amaro funde-se com outros sons, desde a guitarra clássica, clarinete ou até percussão. À sonoridade de influência marcadamente oriental, acrescente-se uma bailarina que coreografa com dança oriental as sonoridades.
De Aynur, a rapariga turca, não posso dizer grande coisa. Os espectáculos coincidem. Pareceu-me uma boa sucessora da excelente Souad Massi, do ano transacto. Pouco mais terei a dizer.
Al Driça: A banda do amigo grande Manso no baixo. Uma agradável surpresa, apesar de já os ter visto em edições anteriores deste mesmo festival. Sonoridades diversas, mediterrânicas, orientais, e até tradicionais portuguesas, plenas de singularidade, boa disposição e festa. Agarrou-me e aos muitos presentes. Terminaram o espectáculo em grande festa com uma deambulação por meio do público à boa maneira das orquestras de rua de origens balcânicas.
Sara Tavares: Digo à partida que sou fã. Não da música, antes do espírito, desta menina que do Chuva de Estrelas, redescobriu as suas origens. Ela que também tem, curiosamente, origens no Algarve, deu um excelente concerto, bem ao seu estilo, chegando a ser intimista, mas proporcionando ao mesmo tempo ambiente de festa e boas vibrações. A mestiçagem, neste fim de noite de Med.

2 Responses to “1º dia de FestivalMed 07”

  1. # Blogger HFR

    Pois é Pedro, a Luisa Amaro teve o maior professor de guitarra portuguesa que se pode almejar, o Carlos Paredes, de quem foi companheira, em todos os sentidos.
    Mestiçagem, é do que precisamos, concordo. Mia Couto fala em mulatagem; também é um conceito interessante. Abraço do Helder Raimundo.  

  2. # Blogger Pedro F. Guerreiro

    Admiro bastante Mia Couto e o conceito também é dele, precisamente: Mulatagem. Um conceito que, em Portugal, só padece de consciencialização, sendo a lingua portuguesa a nossa pátria crioula.  

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