Bajofondo Tango Club no fecho do Fest. Med

Do génio criativo de Gustavo Santaollala, (oscarizado) criador de bandas sonoras de filmes como Babel, 21 Grams, Diarios de Motocicleta ou Brokeback Mountain, saiu esta banda: Bajofondo Tango Club.
As premissas musicais que os precedem são precisamente os seus antecedentes musicais, a música argentina e uruguaia, o Tango. Numa abordagem superficial, equiparamo-os aos Gotan Project, por exemplo, mas o projecto é mais arrojado. Os Bajofondo Tango Club propõem-se a tornar o Tango dançável, de todas as formas que não a convencional. Esqueçam os pares, os passos ritmados, premeditados, Carlos Gardel, o classicismo. Santaollala pegou num violinista muito, muito dotado; num bandoneonista igualmente talentoso, num excelente contrabaixista, dois DJ's e um video jockey e juntou-lhe a sua refinada guitarra para criar uma sonoridade que vai do tango ao house, do drum'n'base ao trip hop, tudo em ambiente festivo. Deliciosos os saltos enérgicos e algo descoordenados de Santaollala. Delicioso o violinista, pose superior e mestria não menos altiva. Estes senhores, às primeiras pinceladas de magia do violinista já tinham cativado todo o - imenso - público presente no Palco da Cerca (do Convento). O video jockey esteve excelente, criando grande empatia e excelente espectáculo - para além do espectáculo. Foi sem dúvida a actuação do Festival e, se ainda conseguirem, aconselho a qualquer um, são brilhantes.
Santaollala ainda fez uma perninha pelo principal tema de Diarios de Motocicleta, o que fez com que alguns canhotos presentes gritassem por Hasta Siempre, mas os Bajofondo não tinham vindo acalmar as hostes esquerdistas.
Abriram o Tango de par em par e maravilharam todos os presentes. Eu inclusivé.
Fantásticos!

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